Fica a resposta que se encontra no site oficial e um excelente esclarecimento aos pontos invocados pela direcção do Sporting
Leiam e esclareçam-se
Benfica - Sporting
A boa e a má informação
Comunicado do Sporting Clube de Portugal:
“O Sporting Clube de Portugal lamenta as condições proporcionadas aos seus adeptos no Estádio da Luz. Desde o início que o Benfica tinha conhecimento, face ao número de bilhetes vendidos, da quantidade de adeptos que iam estar presentes no Estádio. Colocar cinco pontos de acesso para a revista de todos os adeptos revela, uma vontade expressa de provocar uma entrada tardia, gerando tensões completamente evitáveis”.
Os factos:
No controlo de bilhética e revista de segurança o número de ARD’s foi igual ao que sempre tem sido utilizados, em anos anteriores, nos chamados jogos grandes ou denominados de alto risco, 23.
- 1 supervisor + 2 agentes especializados + 5 ARD’s femininos + 15 ARD’s masculinos, num total de 23 ARD’s.
- 5 pontos de segurança para controlo de bilhética, com 3 ARD’s masculinos e 1 feminino em cada um deles a passar revista.
No dia do jogo, a “caixa” de adeptos do Sporting CP chegou ao estádio pelas 18H50, ou seja com 35 minutos de atraso, já que eram esperados às 18H15. Se tal tivesse acontecido todos os adeptos teriam entrado antes do início do jogo.
Os últimos adeptos do Sporting CP a entrar fizeram-no cerca das 20H45 (30 minutos do jogo decorrido). O tempo total de revista aos adeptos visitantes foi de 1h55m.
Na reunião de segurança, realizada 3 dias antes do jogo e com todas as entidades envolvidas, foi solicitado pelo SL Benfica que os adeptos do Sporting CP chegassem ao estádio até à abertura de portas e nunca depois, precisamente para evitar este tipo de reclamações.
“Paralelamente, as condições dispensadas aos adeptos que pagaram o seu bilhete são no mínimo lamentáveis, quer pela falta de acesso de alguns sectores a unidades sanitárias, quer a bares, não sendo possível, sequer, comprar uma garrafa de água”.
As casas de banho e bares na zona da equipa visitante estão dentro do que está regulamentado pela UEFA e estiveram sempre disponíveis.
“Foi claro, para quem esteve junto dos adeptos, que a rede colocada prejudica claramente a visão”.
Se assim fosse, mas não é, a Liga Portuguesa de Futebol Profissional não teria aprovado a referida estrutura. Afirmar isto é chamar incompetentes aos profissionais da Liga.
“Para além disto, constatou-se uma sobrelotação do espaço disponibilizado aos adeptos do Sporting, indiciando assim que o número de lugares disponíveis era bastante inferior ao dos bilhetes vendidos para aqueles mesmos sectores”.
Os nºs da bancada visitante (Coca-Cola Piso 3/Topo Norte) são os seguintes:
Sectores
|
28
|
29
|
30
|
31
|
32
|
33
|
34
|
Total
|
Nº de lugares Modelo N
|
184
|
364
|
404
|
253
|
931
|
867
|
247
|
3250
|
Nº lugares utilizáveis
|
184
|
364
|
404
|
253
|
931
|
867
|
422
|
3425
|
Bolsa de Segurança (6 fiadas inferiores – abaixo do nível dos vomitórios)
|
536
| |||||||
Nº total de lugares da bancada visitante
|
3961
|
Explicação do Quadro:
1. Segundo os regulamentos, o Sport Lisboa e Benfica é obrigado a ceder a equipa visitante 5% da lotação do estádio, o que corresponde a 3250 bilhetes.
2. O nº total de lugares da bancada disponibilizado foi de 3425 (mais 175 do que o exigido) dado que o Sporting CP repetidamente solicitou mais bilhetes, resolvemos ceder o máximo possível em condições de segurança.
3. No entanto, como bolsa de segurança, não foram emitidos nem utilizados os 536 lugares correspondentes às 6 fiadas inferiores destes 7 sectores, pois servem para garantir a actuação de ARD´s e agentes da PSP.
4. Além destes 536 lugares, foram também retirados de venda as 3 fiadas laterais de cada lado da bancada visitante: 117 lugares do Sector 35 e 75 do Sector 27, no total de 192 lugares.
5. Isto é, tirámos de venda, por motivos de segurança dos adeptos visitantes, um total de 728 lugares.
6. Por estes dados, verifica-se que o Senhor Paulo Pereira Cristovão faltou à verdade e, mais grave, induziu o seu presidente e a sua massa associativa em erro.
“É lamentável, pelas razões referidas, que um Clube como o Sport Lisboa e Benfica, receba a equipa visitante deste modo inqualificável. O espectáculo deve registar-se dentro de campo e não em atitudes exteriores, que pouco dignificam o futebol.
O Sporting Clube de Portugal reitera que, face às condições encontradas, a decisão da Direcção de se juntar aos adeptos, e de sentir directamente as condições que lhes eram facultadas, foi a mais acertada, e as palavras proferidas pelo vice-presidente Paulo Pereira Cristovão expressam bem a nossa indignação”.
No dia 17 de Novembro, o Engº Carlos Miguel, director de segurança do Sporting Clube de Portugal, a convite do Sport Lisboa e Benfica, visitou a “caixa” de segurança e as condições existentes no local, não tendo colocado nem durante a visita, nem após a mesma, qualquer reserva em relação a tudo quanto atempadamente visitou.
No dia 26 de Novembro (dia do jogo) o senhor Eurico Gomes (Secretário Técnico do SCP) visitou a bancada 2h30 antes do inicio do jogo, acompanhado pelo Director de Segurança do SLB, pelo Delegado da Liga e respectivo Supervisor (Sr. Manuel Aranha). Não teceu qualquer comentário crítico quanto às condições apresentadas.
“O Sporting Clube de Portugal tem rosto, o seu vice-presidente este sábado representou-o, e não se esconde atrás de declarações de funcionários da comunicação”.
Uma verdade: João Gabriel é funcionário do Sport Lisboa e Benfica, mas sendo funcionário tem toda a legitimidade para falar em nome do Clube. Aqui ninguém se esconde atrás de ninguém, simplesmente há uma estrutura e ela funciona.
“Por outro lado, a Direcção do Sporting Clube não se revê nos danos causados após o jogo e igualmente condena o facto de, ainda nesta mesma noite, ter sido atirado um “very-light” para a cobertura do seu estádio”.
“Não se revê” é diferente de condenar. Não se ouviu da parte do vice-presidente do SCP, presente no Estádio da Luz, nenhum tipo de condenação em relação aos actos praticados por um grupo de marginais e que resultaram nas agressões verificadas a bombeiros e nos vários incêndios que foram ateados. Nem sequer, na fase mais crítica, um mero apelo apaziguador.
Aliás, ficou claro para todos que não se tendo verificado nenhum incidente antes e durante o jogo, as acções violentas apenas acontecem depois da declaração feita, e transmitida em directo pelos vários meios de comunicação social, do senhor Paulo Pereira Cristovão.
Por fim, comparar os danos causados no nosso Estádio, com um eventual lançamento de um ‘very-light’ para a cobertura do Estádio de Alvalade só pode ser uma alusão de mau gosto.
O Sport Lisboa e Benfica não confunde a Instituição e a massa associativa do Sporting Clube de Portugal com os marginais que levaram por diante as acções que são conhecidas e cujas graves consequências ainda estão por apurar.
Em anexo segue mail com a formalização da devolução dos 46 bilhetes efectuada pelo Sporting Clube de Portugal e que o seu “rosto” desconhecia.